sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Um feliz 2011 e muita força pra lutar por nossos direitos!

O Diretório Central dos Estudantes deseja um feliz ano novo para toda comunidade universitária e para todos aqueles que fazem da sua vida poesia para dias melhores. O ano de 2010 passou e a nossa certeza é de que o movimento estudantil da UFPB - não apenas o DCE - deve refletir sobre a realidade da universidade pública e a nossa inserção nesse contexto. Para tanto, esperamos contar com a participação de cada estudante que constrói a UFPB. É necessário um planejamento de nossas ações para o ano de 2011: traçar um diagnóstico em comum da situação, definir nossas prioridades, repensar o formato de nossas ações e organizar um calendário de atividades.

Esse é o convite do DCE aos centros/diretórios acadêmicos, coletivos estudantis e movimentos sociais que disputam, dentro e fora da UFPB, um projeto alternativo de sociedade. Vamos à luta!


Reproduzimos, abaixo, texto de Tárcio Teixeira, mestrando em Serviço Social pela UFPB, sobre o ato #contraoaumentoJP. O texto é de ontem (30) e o link do blog está aqui: http://tarcioteixeira.blogspot.com/

“João Pessoa, cada ano um aumento maior”

Emocionante! Em meio ao recuo que vivem os movimentos sociais e a forma dispersa que dizem ser a juventude de hoje, tivemos um segundo grande ato com ocupação da prefeitura e bilhetagem gratuita na Integração. Mobilizações que garantiram a realização de uma Audiência Pública sobre Transporte Público com o Prefeito Luciano Agra (por mais que muitos não saibam, esse é o nome dele) e a representante da STTRANS (Laura Maria Farias Barbosa) ficou de confirmar sobre a possibilidade de congelar as passagens até o dia desse debate coletivo.

Vi a juventude e populares construírem um ato emocionante, sem curvar ou titubear diante dos representantes da Prefeitura, da Polícia Militar ou mesmo da Milícia Privada contratada pelos Empresários. Esta última chegou a agir violentamente, em breve o movimento estará disponibilizando as fotos, esperamos que as medidas necessárias sejam tomadas.

Sabemos que tais conquistas só ocorreram pela força do movimento, e só serão consolidadas pela manutenção das mobilizações e pela participação massiva de toda população. Não ao aumento da passagem, R$2,10 é um roubo!

Por esse motivo, conclamo todos e todas para amanhã, na festa da virada, e durante toda a próxima semana, pintar seus muros, construir seus cartazes, ligar para as rádios, elaborar seus próprios panfletos, fazer camisas, utilizar a internet e manter o assunto nas rodas de conversa. Mostremos aos empresários e ao governo municipal que queremos respeito, e respeito é um 2011 com alimentação, educação, trabalho, transporte público de qualidade e passagem barata.

A festa na praia, que chama-se “João Pessoa, cada ano melhor”, amanhã passará a ser conhecida por “João Pessoa, cada ano um aumento maior”. Feliz 2011 com força para muita luta!

R$ 2,10 É UM ROUBO! 



Agenda do movimento:
31 de Dezembro de 2010 – 22h – Busto de Tamandaré – MILHARES PELA REDUÇÃO DAS PASSAGENS;
03 de Janeiro de 2011 – 16h – Praça da Alegria (UFPB) – REUNIÃO AMPLIADA: ORGANIZANDO AS LUTAS PELA REDUÇÃO.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

#contraoaumentoJP - Do twitter para as ruas da cidade!

                                      

Quem passou pelo Terminal de Integração do Varadouro na tarde desta quarta-feira (29) presenciou uma cena atípica. Aproximadamente 100 estudantes, munidos de cartazes e panfletos, ocuparam o terminal para protestar contra o aumento da tarifa do transporte público de João Pessoa. A manifestação foi organizada pelo Diretório Central dos Estudantes da UFPB, que alegou ter sido excluído da reunião que encaminhou o aumento à Prefeitura.

Durante uma hora os manifestantes distribuíram panfletos, cantaram palavras de ordem e conversaram com os passageiros que se encontravam no local. A diarista Maria de Lurdes mostrou-se indignada com o reajuste de 10,5% na tarifa. “Pra mim, que sou trabalhadora doméstica, fica complicado pagar vinte centavos a mais nas quatro viagens que faço durante o dia. No final do mês, quase metade do meu salário é pra pagar o ônibus”, relatou.



Os manifestantes ainda seguiram em caminhada até o Paço Municipal, com o objetivo de agendar uma reunião com o prefeito Luciano Agra, para discutir os dados apresentados pela STTRANS e os donos das empresas concessionárias.

De acordo com o representante do DCE, Enver Cabral, os números dos últimos cinco anos dão conta de que o reajuste de 10,5% ultrapassa a necessidade das empresas de transporte público. “O reajuste sempre fica na margem dos 5%. Agora eles aumentam 10,5% e se quer justificam para a população o porquê desse valor”, declarou.



No início da noite uma comissão formada por estudantes e trabalhadores foi recebida pelo secretário de Articulação Política, Dunga Junior, que confirmou a realização da audiência amanhã (30), as 15h30, no Paço Municipal. A reunião contará também com a presença da superintendente da STTRANS, Laura Farias.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O DCE UFPB não reconhece a decisão do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito e declara posição contrária ao aumento da tarifa no transporte coletivo

Essa é a nota que enviamos à imprensa para divulgar o posicionamento do DCE UFPB com relação ao aumento da tarifa e a nossa exclusão do processo de discussão. Apesar de já ter sido divulgada a decisão, estamos estudando medidas judiciais que anulem a decisão do Conselho de Transportes e já marcamos um ato-panfletagem no Terminal de Integração para essa quarta-feira, dia 29/12. 

Bom final de ano e muita luta para tod@s!


R$1,05 é o preço que o estudante vai ter que pagar caso a tarifa seja homologada pelo prefeito 
somos #contraoaumentoJP


Nesta segunda-feira, dia 27 de dezembro, ocorreu uma reunião do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito (CMTT), instância consultiva vinculada à STTrans e que congrega sindicatos, entidades estudantis, sociedade civil organizada, empresários e poder público. Na pauta, o aumento da tarifa no transporte coletivo de João Pessoa. Foi noticiado que, após a apreciação de duas propostas  (uma da STTrans e outra da AETC-JP),  foi aprovado, por unanimidade, o novo valor da tarifa, sugerido pela STTrans, de R$2,10.
Para nós, estudantes, é essencial esclarecer à toda população de João Pessoa que o processo de discussão do CMTT foi prejudicado por duas questões fundamentais:

A primeira diz respeito à exclusão deliberada do Diretório Central de Estudantes da UFPB, entidade que tem assento no CMTT. Em nenhum momento fomos acionados para participar dessa reunião ou fomos informados da pauta. Semanas atrás, realizamos um ato na reunião deste mesmo conselho e exigimos que qualquer discussão acerca do aumento das tarifas fosse realizada somente com o início do período letivo, o que possibilitaria um maior envolvimento dos estudantes nessa discussão.

A segunda diz respeito exatamente ao fato desse conselho não promover um amplo e necessário debate envolvendo o conjunto daqueles que mais são prejudicados pelas altas tarifas no transporte coletivo – as trabalhadoras e trabalhadores, estudantes e toda a juventude das periferias na capital paraibana.

Antes de mais nada, exigimos a anulação da decisão do Conselho Municipal de Transportes e Trânsito, uma vez que a nossa representação foi excluída do processo. 
Declaramos que não vamos aceitar passivamente esse aumento, que beneficia somente aos empresários. Marcamos, para essa quarta-feira (dia 29/12, às 16h), um ato no Terminal de Integração, onde estaremos dialogando com a população acerca da situação do transporte coletivo na cidade de João Pessoa.

POR UM AMPLO DEBATE SOBRE TRANSPORTE COLETIVO ENVOLVENDO A SOCIEDADE PESSOENSE, SOMOS CONTRA O AUMENTO DAS TARIFAS!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

DCE organiza panfletagem contra o aumento da tarifa no transporte coletivo de João Pessoa

O DCE está organizando, junto a outras entidades e movimentos, uma panfletagem para defender que não haja aumento das passagens nesse final de ano! Como é costume, todo ano entre dezembro e janeiro, a máfia dos transportes (empresários, "entidades fantasma" de estudantes e setores do governo) aumentam a passagem em R$ 0,10 . Porém, ninguem sabe qual é o real lucro das empresas de onibus! Por isso, entendendo que o transporte é direito da população e não mercadoria, faremos uma panfletagem contra o aumento que poderá vir nesta quarta-feira, na Lagoa (16h), para alertar a população sobre esta situação. Precisamos do maior numero de pessoas possível. 

Ao mesmo tempo, estamos tentando marcar uma audiência com o prefeito para solicitar o congelamento das passagens até que seja realizado um debate entre o poder publico e a sociedade civil organizada sobre o transporte público em João Pessoa.

Os rumos da nossa cidade dependem da nossa organização e da nossa luta! Não espere a história acontecer, FAÇA A HISTÓRIA!

Panfletagem natalina contra o aumento das passagens: quarta-feira (22/12), 16h, na Lagoa!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Boletim Informativo!

Você pode conferir o Boletim Informativo que o DCE lançou nas últimas semanas de aula clicando logo abaixo nas miniaturas. Nele, procuramos oferecer um panorâma da situação em que o DCE se encontrava no momento em que assumimos, quais foram as atitudes que tomamos e, também, elencamos algumas das atividades que apoiamos/desenvolvemos na universidade. Para além disso, buscamos apontar alguns dos temas que acreditamos serem prioritários para o próximo ano, tais como a situação do transporte público coletivo em João Pessoa e a política de assistência estudantil frente ao primeiro ano em que a UFPB adota a política de cotas sociais com recorte étnico-racial.

Boa leitura!


sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Reunião debate aumento da tarifa no transporte coletivo

Nessa quarta-feira, dia 15/12, realizamos a primeira reunião de articulação do que chamamos de “Fórum do Transporte Público”, articulada pelo DCE da UFPB para juntar todas as entidades sincais e movimentos populares a discutir o transporte publico de João Pessoa. Estiveram presentes os Centros Acadêmicos de Filosofia, Ciências Sociais, Serviço Social, Pedagogia do Campo e Medicina da UFPB, a Associação Paraibana de Estudantes Secundaristas,  a Assembléia Popular, o SINTER, o Coletivo Cultural do Alto do Mateus e o Movimento Luta de Classes.

A reunião teve como pauta principal a discussão sobre os sucessivos aumentos de passagem que acontecem todos os anos em João Pessoa. Enver, integrante do DCE UFPB e do Grupo de Trabalho “Passe Livre Estudantil”, fez uma pequena apresentação das diversas irregularidades e injustiças ocorridas no sistema de transporte publico em nossa cidade. Foram discutidos desde os aumentos de tarifa anuais sem nenhuma justificativa até a composição do Conselho de Transportes, que é majoritariamente composto por setores ligados ao empresariado (AETC-JP).



Como o aumento, nos últimos 8 anos, vem sendo concretizado no dia 27 de dezembro, resolvemos nos antecipar e, organizadamente, cobrar da prefeitura uma posição que favoreça aos estudantes e aos trabalhadores em detrimento do que vem acontecendo. Ou seja, beneficio só para um pequeno grupo de empresários. Depois de uma pequena discussão os estudantes e entidades que participaram da reunião chegaram aos seguintes encaminhamentos:


- Agendar uma audiência com o prefeito para pressionar o poder publico para não discutir reajuste tarifário até que seja realizado um seminário para debater o transporte coletivo em João Pessoa e analisar o real lucro que as empresas tem.

- Produzir um panfleto para circular na internet e para distribuir na Lagoa e no Terminal de Integração alertando a população para o impacto da tarifa de ônibus nos bolsos dos trabalhadores e para que não aceitemos mais um aumento. Este panfleto deve conter apenas as principais informações, que sensibilizam a população para o tema e que não contenha apenas textos, mas principalmente material visual, que cause impacto.

- Criar uma comissão de comunicação para articular e manter em contato as diversas organizações que participaram da reunião e os diversos ativistas que estejam dispostos a participar e construir o Fórum.

Neste exato momento, ocorre a segunda reunião do Fórum do Transporte Público, onde estamos preparando o panfleto que vamos utilizar para dialogar com a população.

POR UM TRANSPORTE PÚBLICO POPULAR!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ato de lançamento do Centro de Referência em Direitos Humanos


O Centro de Referência em Direitos Humanos convida a todas as parceiras e parceiros a participarem do Ato Público em que será reivindicado o cumprimento das recomendações previstas no Relatório 2009 sobre Violações de Direitos Humanos na Paraíba.

Quinta, 02 de dezembro, às 9 horas.
Concentração na Lagoa e marcha em direção à Praça dos Três Poderes.

TRAZER CARTAZES E PIRULITOS DOS MOVIMENTOS.
VAMOS UNIR FORÇAS!

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Cadastro de CAs/DAs para o COEBE no DCE UFPB até o dia 24/11!

O Diretório Central das e dos Estudantes, em conjunto com as demais entidades estudantis da UFPB, vai realizar, no dia 25/11, o Conselho de Entidades de Base Estadual - COEBE. Para tanto, necessitamos realizar um cadastro de todos os CAs e DAs que estão funcionando, com gestão, com a finalidade de calcular o quórum para deliberações em conselho.

Pedimos aos estudantes que fazem parte de CAs e DAs que compareçam à sede do DCE (para os CAs e DAs do interior, comparecer nas sedes do DCE em seus respectivos campi), na data-limite do dia 24/11, com a ata de posse da gestão para realizar um cadastro das entidades.

ATENÇÃO: Somente entidades cadastradas poderão se credenciar no COEBE.

Núcleo de Estudantes Negros da UFPB comemora dia da Consciência Negra

O Núcleo de Estudantes Negras e Negros da Universidade Federal da Paraíba (NENN/UFPB) vem a público convidar todos os interessados a participarem das atividades alusivas ao dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de Novembro. As atividades do NENN acontecem entre os dias 19 e 30.
No dia 19, a programação será aberta com a mesa de "Diálogos Circulares sobre Intolerância Religiosa e Racismo", com a presença de Mãe Renilda, Antônio Novaes e Edivaldo ‘Fun Fun’, Serge Katemberra e Danilo Santos, que apresentarão uma análise sobre a Intolerância Religiosa e o Racismo na Paraíba, evidenciados no segundo turno das últimas eleições estaduais.
No período da tarde e noite, o angolano Domingos José João da Cruz, mestrando em Direitos Humanos da UFPB, ministrará oficinas sobre as “Convergências entre a filosofia africana e sul-americana” e “Etnofilosofia e o futuro da África”.
Dentro da programação alusiva à memória do grande líder negro Zumbi dos Palmares, também será realizada uma palestra no dia 30 de novembro, nos turnos da tarde e noite, sobre “Corporeidade e Negritude em tempos contemporâneos”. O ministrante será Severino Lepê Correia, que nasceu e mora em Recife e trabalha com Djumbay, uma organização que, além das sua atividades políticas, também promove a cultura negra brasileira e suas raízes africanas.
As atividades ocorrerão na UFPB. Mais informações podem ser obtidas pelo e-mailnenn.ufpb@gmail.com, pelo twitter @nennufpb, ou pelos telefones: 88932354 (Danilo Santos); 88333006 (Alessandro Amorim); e 87089588 (Ana Luiza Barbosa).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cotas Raciais na UFPB: Os desafios de sua implementação na garantia da democratização do Ensino Superior




A aprovação das Cotas na UFPB com vista a ampliar o acesso ao Ensino Superior lança, com o ingresso dos cotistas a partir de 2010, novos desafios na luta pela defesa dos direitos. É preciso garantir a entrada, mas também a permanência desses estudantes na Universidade.
Neste sentido, em comemoração ao dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, data que celebra a luta e resistência da população negra por seus direitos, queremos convidar você, estudante, grupos, organizações, movimento sociais e estudantis para participar da Roda de Diálogo: Cotas raciais na UFPB: Os desafios de sua implementação na garantia da democratização do Ensino Superior”.



Esta atividade é uma realização da Bamidelê – Organização de Mulheres Negras na Paraíba em parceira com a Articulação de Juventude Negra da Paraíba; o Diretório Central das e dos Estudantes da UFPB - gestão “Vira Mundo”; e com os/as professores/as da universidade, membros da comissão Pró-cotas.

Data: 19/11/2010
Hora: 14h00
Local: Auditório da Prefeitura Universitária da UFPB

Apoio: Fundo Brasil de Direitos Humanos

terça-feira, 16 de novembro de 2010

I Semana de Fonoaudiologia na UFPB

Fonoaudiologia e interdisciplinaridade na Saúde (8 e 9 de dezembro)


O Centro Acadêmico de Fonoaudiologia juntamente com a coordenação do curso promovem a I Semana de Fonoaudiologia da UFPB. Toda uma programação com palestras, oficinas e mesas redondas foi preparada visando uma integração entre a fonoaudiologia e as diversas áreas da saúde.

Programação do dia 08/12 - Quarta - feira:

07:30 Credenciamento

Manhã:
A psicologia e a interdisciplinaridade na saúde
Atenção à saúde da criança na perspectiva interdisciplinar
Tarde: Oficinas simultâneas
Saúde do Idoso
Respirador Oral
Saúde mental
Saúde coletiva: um campo para interdisciplinaridade
Estética facial

Programação do dia 09/12 - Quinta - feira:


Manhã:
Pacientes portadores de sequelas neurológicas
Saúde do trabalhador

Tarde:
Vestibulopatia (labirintite)
As implicações do ato médico para a saúde

Local de inscrição: Hall do Elefante Branco (de 12h às 15h)


Investimento: 
Primeiro lote até o dia 20/11 - R$15 estudante e R$30 profissional
Segundo lote dia 22/11 - 04/12 - R$20 estudante e R$40 profissional

Local do evento: Auditório do HULW

Contatos:
Fagny (83 8809 93 63)
Rafael (83 8888 6717)
cafonoufpb@hotmail.com

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Todo apoio à greve dos bolsistas na UFES!

Em sua última reunião ordinária, o DCE UFPB aprovou uma moção de apoio à luta dos bolsistas na UFES, que se encontram em greve pela defesa de condições dignas de permanência. Para compreender melhor a situação (que, inclusive, encontramos em nossa universidade), entrem no blog Greve na UFES. Reproduzimos abaixo o texto da moção:

Moção de apoio à greve dos estudantes bolsistas da UFES

A condição das e dos estudantes no ensino superior brasileiro é marcada, em grande medida, pelas dificuldades de permanência e pela impossibilidade de vivenciar em plenitude as dimensões acadêmicas, culturais e políticas que existem no interior e para além da universidade. As políticas de assistência estudantil deveriam ser um importante instrumento de efetivação de direitos, garantindo ao estudante as condições necessárias para o desenvolvimento de suas potencialidades. Concordamos integralmente com o “Manifesto deEstudantes da UFES por melhores condições de permanência” quando ele afirma logo em seu primeiro parágrafo: “A Universidade deve ser um espaço de promoção de melhores condições de vida para a sociedade. Não podemos, em seu interior, conviver com relações de trabalho ainda mais precárias do que observamos em seu redor”.
Desde o dia 27 de outubro, cerca de duzentos bolsistas em funções administrativas (PAD) se encontram em estado de greve. Não é para menos: além de desempenharem as funções de funcionários concursados, recebem uma bolsa no valor de trezentos reais sem direito ao vale-transporte ou alimentação no Restaurante Universitário.
Somamos-nos aos que reivindicam uma política efetiva de assistência estudantil nas IFES e não um arremedo assistencialista que obriga estudantes às situações degradantes de trabalho precarizado e sem estabilidade alguma.

“BOLSA É PRA ESTUDAR, NÃO PRA TRABALHAR!”

João Pessoa, 4 de novembro de 2010.

DIRETÓRIO CENTRAL DAS E DOS ESTUDANTES DA UFPB

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

CARTA ABERTA DOS ESTUDANTES SOBRE O CAMPUS IV - UFPB

      O DCE UFPB, gestão “Viramundo: que a universidade se pinte de povo”, vem a público tentar esclarecer toda a comunidade acadêmica do Campus IV da UFPB, no Litoral Norte, sobre os últimos acontecimentos do Campus. Esta carta tenta dialogar não somente com os estudantes, mas com os três segmentos que compõem tal comunidade, por entendermos que o diálogo e as construções devem ser conjuntas.
      Toda a mobilização que vem ocorrendo no Campus é fruto de uma indignação coletiva frente a atual realidade. Até então, tal indignação estava apenas sentida em cada membro da comunidade do Campus, mas que não se encontravam para refletir e decidir sobre as formas de se mudar o estado de crise. Mesmo assim, professores, estudantes e técnico-administrativos sempre desempenharam suas funções e atividades de forma compromissada com todo o âmbito acadêmico e administrativo, superando, muitas vezes, as dificuldades impostas pela situação precária de funcionamento.
      Sofrendo com a falta de materiais de escritório, de espaço adequado, de novas contratações e o gritante déficit de funcionários, entre outras deficiências, esta categoria sentia necessidade de se organizar. Bem como os professores, que já não aceitavam e não entendiam como o Campus IV chegou aonde chegou, com sua entrega atrasada há um ano, sem nunca ter havido sequer prestação de contas dos gastos de sua implementação. Portanto, precisavam também se organizar.
     Os estudantes também não suportavam mais o evidente descaso com o Campus IV. E cumprindo seu papel histórico, este segmento tomou a frente de um processo de luta em defesa da qualidade da formação, da autonomia política, administrativa e financeira do Campus, em defesa do tripé que rege e sustenta a universidade pública – ensino/pesquisa/extensão -, além de trazerem reivindicações estruturais e até trabalhistas, como o caso dos motoristas, que há sete meses não recebiam seus salários,  como os trabalhadores das obras, que chegaram a parar pela falta de recebimento.
     Com isso, tomando a responsabilidade para si e convocando para a luta os outros dois segmentos desta comunidade, os estudantes iniciaram uma série de mobilizações, como forma de pressionar a Administração Central da UFPB a se comprometer publicamente com a resolução dos problemas do Campus. Nesse momento, os discentes do Litoral Norte disseram BASTA a inabilidade da administração local e ao descaso da Reitoria frente aos problemas vivenciados por cada um desta comunidade.
     HISTÓRICO
     Em 31 de agosto de 2010, o teto do prédio onde funcionava a sede administrativa do Centro de Ciências Aplicadas em Educação (CCAE) caiu, evidenciando os riscos que apresentava a edificação. O 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, localizado em Guarabira/PB, foi chamado para fazer a vistoria do local e avaliar suas condições. Daí, a interdição do prédio era iminente. Os bombeiros se depararam com instalações elétricas completamente comprometidas, que há muito punham em risco a vida dos frequentadores daquele espaço, além do fato de o único extintor de incêndio estar vencido desde 1994. E lhes perguntamos: que administração é essa, que não enxerga tais problemas, como se nada disso existisse antes da interdição dos bombeiros?
     A partir deste episódio, os estudantes passaram a procurar o DCE UFPB, cobrando medidas enérgicas frente aos acontecimentos. No dia 08 de setembro, quarta-feira, foi realizado no Campus um protesto, cuja intenção era obter respostas concretas da administração local. Mesmo se recusando a ir ao encontro dos estudantes naquele momento, os discentes presentes obrigaram o professor Alexandre Scaico, vice-chefe de Centro, a ouvi-los e respondê-los em seus questionamentos. Apoiando-se em suas limitações enquanto administrador local, Scaico esquivou-se de diversas perguntas, dizendo que a resolução dos problemas estava para além das suas possibilidades de intervenção, jogando a culpabilidade da situação do Campus para a Administração Superior da universidade e a falta de diálogo entre as instâncias. Disse ainda que em seus nove meses de vice-diretor nunca havia tido contato com o reitor desta universidade, e que muitas das pendências administrativas do Campus se dava pelos entraves burocráticos da reitoria e da prefeitura universitária. Nesse primeiro momento de toda a mobilização, deixamos claro que nossa maior exigência era a vinda de Polari ao Campus do Litoral Norte.
     Na quinta-feira, de forma espontânea e igualmente importante à atividade do DCE, estudantes dos cursos da noite passaram a também pressionar, chegando a fazer uma atividade-protesto. Em Mamanguape, na sexta-feira, estudantes também protestaram. Daí se instaurou um clima geral de indignação, culminando em três dias de mobilizações espontâneas.
     No dia 13 de setembro, segunda-feira, os estudantes instauraram a primeira Assembléia do segmento. A partir das 8h, estudantes de diversos cursos já se encontravam na Oca, esperando a presença do reitor Rômulo Polari, como fora exigido anteriormente à administração local. Com a presença de alguns professores e funcionários, os estudantes se reuniram para deliberar posicionamentos firmes diante da situação de calamidade e esquecimento do Campus, o que foi ainda mais reforçado quando, por e-mail, recebeu-se a informação que o reitor não viria ao Litoral Norte. Dentre outras deliberações, foi aprovada a ocupação imediata das dependências da biblioteca, onde também passou a funcionar a Direção de Centro e Departamentos, após a interdição do prédio.
     Talvez o mais interessante e importante de tudo o que vinha acontecendo até  então foi a realização da Assembléia, no dia 14 de setembro, terça-feira, dos servidores técnico-administrativo. Esta categoria ainda não havia se organizado, e seguiu o exemplo dos estudantes, pois entenderam o momento histórico pelo qual tem passado o Campus do Litoral Norte. Um momento de grandes dificuldades, e que exige a unidade entre os segmentos e o fortalecimento de um movimento em defesa, acima de tudo, do Campus e de sua comunidade.
     É preciso registrar que os estudantes de Rio Tinto e Mamanguape, ao tomarem tal decisão, tiveram a atitude mais corajosa e firme ao longo desses quatro anos do Campus. Poderiam, como outros querem e sugerem, se prender somente a enviar um ofício ou uma circular relatando a gravidade dos problemas. Poderiam esperar, como se esperou durante quatro anos, o término das obras a passos lerdos e irresponsáveis. Mas não, tomaram a frente do processo, mesmo entendendo as consequências, mas sabendo que as conquistas, num horizonte próximo, seriam (e serão) maiores.
     Entenderam, portanto, que era chegada a hora de mudar os rumos do Campus IV, que até então seguia para um caminho completamente diferente do que está posto em seu projeto de implementação. Se um Campus tem 800 estudantes, por que tem apenas 380 livros em sua biblioteca? Como é possível falarmos em responsabilidade da universidade para com a comunidade, se esta primeira despeja entulhos de suas obras em mata ciliar de terra indígena? Como é possível falar em qualidade de formação se há cursos que não tem condições básicas para professores e estudantes desenvolverem suas atividades, como é o caso de hotelaria, cuja primeira turma se formará sem ter sequer um laboratório no Campus? Como é possível uma universidade pública atrasar o pagamento de seus trabalhadores por sete meses, como é o caso dos motoristas? É inadmissível ainda a retirada das placas das obras atrasadas, que continham suas datas de início e término. Como uma direção de Centro tem em mãos um cartão corporativo de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) de crédito mensalmente e não o utiliza para as necessidades básicas e emergenciais? Como é possível a Administração Superior não prestar contas à comunidade dos seus gastos e da aplicação das verbas destinadas ao Campus IV? Como é possível uma Direção de Centro que se diz tão compromissada com o Campus se com um cartão corporativo de valor supracitado não comprar extintores de incêndio? Como os estudantes de Contábeis irão se formar se nem sua carga horária está completa e o processo no CONSEPE (Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão) foi pedido vistas por um dos conselheiros e nem comunicado aos estudantes foi? Como irá iniciar o período que vem se ainda faltam contratar professores? E as salas de aula? Mamanguape tem suas salas, Rio Tinto não e em ambos falta materiais didáticos! E a segurança que é tão precária que o próprio segurança foi assaltado e levaram sua arma? E a saúde daqueles que compõe o Campus IV se nem o posto de saúde começou a ser construído, como é o caso de Mamanguape? Como podemos falar em integração com a sociedade se a Universidade não o faz através da extensão? Como faremos pesquisa se nem o laboratório de informática de uso comum em Rio Tinto foi entregue? Como iremos receber nosso diploma reconhecido pelo MEC se a estrutura da Universidade não corresponde ao exigido? Como os deficientes irão assistir aula sem acesso? Como os funcionários irão trabalhar bem se a quantidade dos mesmos é extremamente insuficiente? Como é que os estudantes do curso de Ecologia irão desenvolver suas pesquisas se os laboratórios estão instalados em prédios provisórios e precários e outros nem funcionando estão; dentre outros cursos na mesma situação? 
     Essas são apenas algumas das tantas questões que os estudantes não entendiam e não aceitavam, pois tudo aquilo vinha sendo imposto ao Campus IV e afetando toda a comunidade acadêmica. Todos esses problemas interferiam diretamente em servidores técnico-administrativos, servidores docentes e estudantes. 
     ASSEMBLÉIA COM POLARI 
     No dia 15 de setembro de 2010, quarta-feira, instaurou-se a primeira Assembléia Geral do Campus do Litoral Norte, referendada pelos três segmentos da comunidade. Compuseram a mesa as representações das três categorias, a administração local e o reitor Rômulo Polari. Nesse momento, o maior ganho político para o movimento dos estudantes foi a declaração de apoio de professores e técnico-administrativos à paralisação, por entenderem a importância de uma unidade entre os três segmentos, cujos objetivos maiores seriam as melhorias efetivas nas condições estruturais, materiais, assistenciais e pedagógicas do Campus.
     Era evidente a falta de conhecimento do Reitor sobre a realidade do Campus. Chegou a enaltecer a iniciativa de um hotel-escola para o curso de hotelaria, e somente depois soube que tal projeto nunca havia sido implementado ou mesmo iniciado. Falou da normalidade no atraso do pagamento de salários, mas desconhecia que a situação se arrastava por sete meses. Talvez sem entender a gravidade das denúncias e exigências ali expostas, o professor Rômulo Polari não foi claro em suas respostas.
     Um dos pontos mais preocupantes de sua fala se deu quando afirmou que se fazia necessária a criação de programas de pós-graduação no Campus IV para suprir a falta de verbas oriundas da graduação, ou seja, tais verbas teriam sido gastas por completo antes mesmo da conclusão das obras. Quando exposto pela plenária a intenção de se oficializar uma denúncia no Ministério Público Federal e a exigência de que o Reitor se comprometesse a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Polari respondeu dizendo que o MPF não teria tal papel, e que era desnecessária a proposta do referido TAC, por ele já estar se comprometendo com a resolução dos problemas na própria Assembléia.
     Diante disso, os três segmentos presentes foram totalmente contrários ao que sugeriu o reitor, e reafirmaram a exigência de se formalizar todos os compromissos assumidos pela reitoria. Da plenária, inclusive, surgiu um resgate da mobilização ocorrida em 2007, onde o mesmo Polari chegou a assinar um documento se comprometendo a cumprir as reivindicações naquele momento expostas – e que não se diferenciavam tanto do que hoje exigimos. Tal documento virou anexo da história, virou rascunho de impressora, e a reitoria, mais uma vez, mostrou para quê veio.
     Das deliberações desta Assembléia, foi formada uma Comissão responsável por levantar a totalidade das demandas e formular um documento no qual o reitor se comprometeria em cumprir com a resolução dos problemas apresentados. O entendimento entre os três segmentos eram de que, para além disso, se oficializaria nas instâncias cabíveis as denúncias quanto as irregularidades do Campus. Dentre outros encaminhamentos, ficou-se marcada uma reunião para o dia 20 de setembro, em João Pessoa e uma nova Assembléia Geral para o dia 22, quarta-feira.
     Novamente, como numa cena repetida, o reitor se mostrou negligente ao deliberado em Assembléia na presença de mais de 300 membros da comunidade acadêmica. A reunião prevista para o dia 20 teve de ser desmarcada sem aviso prévio ou justificativa, simplesmente pela ausência do professor Polari. Remarcou-se, então, para o dia seguinte, 21 de setembro de 2010, terça-feira.
     Desta reunião, participou uma comissão formada pelos três segmentos, sendo os representantes dos discentes Kievnny, Isadora e Felipe, dos técnico-administrativos, Joás Jerônimo, dos docentes, Zelma Quirino e Lusival Barcelos, e a representação da administração local, José Ivanildo e Alexandre Scaico. Ao reitor, foi entregue listas de materiais de expediente, de laboratórios, de livros para a biblioteca, entre outras demandas. No entanto, mais uma vez desrespeitando a instância máxima deste Campus, o professor Polari não atendeu ao acordado, se recusando a assinar o documento de compromisso. Justificou-se que a reitoria estaria formulando outro documento, consensual, para ser assinado pelo reitor. Até a presente data nada foi entregue, nem a representação discente foi procurada para maiores explicações.
     Em nova Assembléia Geral, no dia 22 de setembro de 2010, quarta-feira, os três segmentos foram representados na mesa de condução dos trabalhos pelos professores Pablo Andrada e Alberto Gomes, pelas estudantes Kievnny e Isadora, e os servidores técnico-administrativos Joás Jerônimo e Ismênia. As três categorias, completamente cientes das deliberações que tomavam, votaram a favor da adesão total a paralisação instaurada. Nesse momento, foi formado um Comando de Paralisação e uma Comissão de Fiscalização, que teria a função de coordenar os trabalhos e fiscalizar o processo de atendimento às reivindicações.
     Dentre outras deliberações, a continuidade da ocupação da Direção de Centro e a abertura para os trabalhos administrativos foram decisões tomadas pelos três segmentos nessa mesma Assembléia. Avaliou-se que, diferentemente de 2007, a comunidade acadêmica do Campus IV não deveria se sujeitar a promessas vazias vindas da reitoria. Em 2007, assim como hoje, várias promessas foram feitas pelo reitor aos membros desse Campus, também em audiência pública e frente a frente com a comunidade. As reivindicações eram praticamente as mesmas, sendo as de hoje, de proporção muito maior, por serem consequências do não cumprimento das primeiras reivindicações e também pela inabilidade e esquecimento de suas responsabilidades, pela administração local.
     A retomada dos trabalhos administrativos foi uma decisão tomada com muita cautela e ponderações. Foi uma decisão também com o intuito de dialogarmos melhor entre os segmentos que compõem esta comunidade e iniciarmos as implementações burocráticas relacionadas às exigências feitas até o momento. É preciso que se registre ainda que, desde a quarta-feira, momento em que a Assembléia Geral aprovou a abertura do expediente administrativo e burocrático, os trabalhos ainda não foram reiniciados, ficando os dias seguintes, quinta e sexta-feira, deliberadamente obsoletos. Sabíamos do perigo desta deliberação, pois poderia ser um primeiro passo para o reinício das aulas sem nenhum ganho efetivo para o Campus IV. Sabemos das pressões que alguns membros desta comunidade vêm recebendo tanto da Administração Superior quanto da administração local, com a intenção de desarticular o movimento e a mobilização aqui instaurada. A quem interessa o silêncio dos estudantes? Pois, quando falamos demais, incomodamos!  
     OCUPAÇÃO E RESISTÊNCIA NO LITORAL NORTE 
     A ocupação da Direção do CCAE, no dia 13 de setembro, entrará  para a história do Movimento Estudantil da UFPB e para a história do Campus IV. Numa atitude de coragem e perseverança, nós, estudantes, nos mantemos no espaço ocupado há 15 dias, resistindo a diversas pressões, tentativas de cooptação e deturpação do movimento, e mesmo as dificuldades estruturais. Dormimos, acordamos, nos alimentamos, estudamos e nos organizamos nas dependências da biblioteca, abdicando dos confortos e das facilidades de nossos lares. Não temos medido esforços para vermos nossa luta  materializando-se, saindo dos papéis timbrados e se concretizando em melhorias efetivas para o Campus IV.
     Há  quem nos tache de radicais e incoerentes, mas preferimos nos chamar, entre nós mesmos, de lutadores! Nossa luta se mantém e resiste sustentada na esperança de dias melhores para o Campus IV da UFPB, no Litoral Norte. Acreditamos que a comunidade compreende nossa luta, pois somente ela vivencia as dificuldades cotidianas desta universidade. Somente os estudantes de hotelaria, assim como outros, sabem o que é não ter um laboratório. E os estudantes como um todo sabem bem o que é uma biblioteca defasada e incompleta, ou mesmo o perigo do Ministério da Educação e Cultura (MEC) não reconhecer seu curso e seu diploma. Somente os motoristas do Campus IV sabem o que é um trabalhador não ter autonomia financeira de sua própria vida. Os seguranças sabem bem o que é não ter condições mínimas de trabalho, como um rádio comunicador, por exemplo.
     Não nos rendemos nem nos dobramos à pressões. Há quem tente deturpar e desvirtuar o que vem sendo construído aqui, e o faz da maneira mais rasteira, equivocada e desinformada. É preciso estar de olho naqueles que, com o discurso amigo e de defensores da “normalidade”, tentam por abaixo as vitórias que só conquistamos quando temos coragem de lutar. “E que normalidade é essa?”, nos questionamos. A naturalização do sucateamento da universidade pública reflete no esquecimento e no abandono de sua defesa. Por isso, continuamos ocupados, convocando servidores docentes, técnico-administrativos e estudantes do Campus IV a não abandonarem a luta, acima de tudo, por uma UFPB pública, gratuita e de qualidade! 
     CONSIDERAÇÕES FINAIS 
     O reinício às atividades regulares do Campus IV se dará de forma gradual, primeiro pela parte administrativa, e depois, pelas aulas, ao tempo em que as exigências expostas e os compromissos firmados pelo reitor Rômulo Polari sejam cumpridos. Listamos demandas emergenciais, de curto, médio e longo prazo. O prazo para o atendimento das reivindicações mais urgentes são de 15 dias, e serão avaliados na próxima Assembléia Geral do Campus, no dia 08 de outubro de 2010.
     E jogamos para a reflexão: qual a responsabilidade de cada um de nós, de cada membro desta comunidade, de cada segmento, para com o sucesso de toda essa mobilização? Fechar os olhos e ouvidos, é ser negligente e conivente, é esquecer que, para além do indivíduo, há o coletivo, que hoje sofre as consequências de quatro anos de profundo abandono. Dizer basta e não aceitar é estar em luta, em defesa da universidade pública, de seus trabalhadores, de seus estudantes e de seus compromissos com a sociedade.
 
DIANTE DO QUE EXPOMOS, PERGUNTAMOS: QUEM SÃO OS MAIS PREJUDICADOS DEPOIS DE TANTOS ANOS DE DESCASO, SEM ESTRUTURA MÍNIMA DE UMA UNIVERSIDADE DE VERDADE PARA SE FORMAR UM BOM PROFISSIONAL?

27 de setembro de 2010, Litoral Norte – UFPB.

 
Juventude que ousa lutar, constrói o poder popular!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Moção de apoio à luta em defesa do Campus IV

Pessoal, começamos a circular hoje pelos meios de comunicação do movimento estudantil uma moção de apoio à luta dos professores, estudantes e funcionários do Campus IV da UFPB. A intenção é mostrar que essa não é uma luta isolada, mas faz parte do embate histórico dos movimentos sociais em defesa de uma educação pública, 100% gratuita e DE QUALIDADE. Leia abaixo a moção:

As entidades e coletivos abaixo assinados vêm a público manifestar sua solidariedade ao movimento de professores/as, estudantes e servidores/as do Campus IV da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em defesa de condições necessárias ao exercício de uma educação pública, gratuita, de qualidade, democrática e voltada às necessidades do povo.

 O Campus IV da UFPB, situado no litoral norte da Paraíba, sofre com uma precária estrutura. Durante o mês de setembro, teve um de seus prédios interditados pelo corpo de bombeiros e outro, um antigo galpão, apresentou rachaduras que denunciaram situação de risco à vida. Além das questões estruturais, os/as estudantes enfrentam o descaso da adminstração com atraso nas bolsas-auxílio e a não conclusão do Restaurante Universitário e Residência Universitária, uma política fundamental de permanência. Diversos setores e laboratórios sofrem com a falta de materiais, a quantidade de servidores/as e seguranças se demonstram insuficientes face à demanda. 

Indignados com o descaso da reitoria, os/as estudantes deliberaram, em assembléia realizada na última segunda-feira (13/09), pela paralisação total das aulas no campus e ocupação da direção de centro. Os/as professores/as e servidores/as, em assembléia geral realizada na terça-feira subsequente, aderiram à paralisação e somaram forças em defesa  de seu campus e seus direitos.

Esse quadro se verifica não somente na UFPB, mas na totalidade das universidades federais de ensino superior (IFES), fruto de uma expansão (através do REUNI ou mesmo anterior) que não garante verbas suficientes para mínimas condições de infraestrutura para desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão.

Colocamos nosso irrestrito apoio à luta estudantil por defesa de uma interiorização com qualidade das IFES, e nos somamos na luta ao movimento pró-litoral norte por uma UFPB de qualidade.


DCE, CAs e DAs realizam Conselho de Entidades nessa sexta-feira, dia 17. Leia aqui a convocatória:

Considerando a importância da articulação dos Centros Acadêmicos entre si e com o DCE a fim de pautar lutas concretas que atinjam todos os estudantes da universidade, e considerando os diversos problemas estruturais enfrentados por todos os cursos da UFPB, o DCE convoca a todos CAs e DAs de todos os campi para o Conselho de Entidades de Base [COEB] com as seguintes pautas:

*Informes

*Prestação de contas parcial [dos quatro primeiros meses da gestão]

*Organização e encaminhamentos referentes à resolução dos problemas estruturais levantados pelos CAs e DAs e Campanha da Assistência Estudantil

*Calourada Unificada

DIA 17 DE SETEMBRO, sexta-feira, às 09hrs no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, Campus I.
Solicitamos que cada CA traga um levantamento mínimo dos problemas enfrentados nos seus respectivos cursos.

Atenciosamente,
Roberta Trindade de Albuquerque
Coordenação de Organização

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Assembléia geral do Campus IV reafirma paralização estudantil

Na manhã desta terça-feira (14/09), aconteceu uma grande assembléia entre professores, estudantes e funcionários do Campus – IV da UFPB, no Litoral Norte. Docentes e técnico administrativos declararam apoio a paralisação estudantil. A assembléia é conseqüência de uma série de mobilizações organizadas pelos estudantes, que buscam soluções imediatas em relação a construção do Campus, que está com sua entrega atrasada desde o final de 2009. Desde ontem, os estudantes dormem na direção do Centro Ciências Aplicadas em Educação, que está ocupada por tempo indeterminado.

Da assembléia, os três segmentos da universidade decidiram juntos diversos posicionamentos em relação a vinda do reitor da UFPB, Rômulo Polari, à Rio Tinto, na manhã desta quarta-feira (15/09). Em resposta a circular emitida pelos estudantes à Reitoria, o reitor da UFPB se comprometeu a participar de uma segunda assembléia geral do Campus, que acontecerá às 9h, no bloco de Rio Tinto.

O Diretório Central das/dos Estudantes convoca as/os estudantes a comparecerem nesta assembléia, que terá como reivindicação a entrega imediata das obras do Campus, além de outras exigências defendidas pelos três segmentos da comunidade acadêmica.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Bombeiros interditam campus da UFPB no Litoral Norte

“Mantenha distância. Área de risco”. Esse foi o aviso fixado pelo Corpo de Bombeiros no prédio principal do campus IV da Universidade Federal da Paraíba, localizado no município de Rio Tinto, litoral norte paraibano. Após o desabamento de parte do telhado, estudantes contataram o Centro de Atividades Técnicas (CAT) do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros, que averiguou e em seguida interditou o local.
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De acordo com a estudante Kievnny Mendonça, o espaço interditado abriga a área administrativa do campus. “No prédio funcionam as coordenações de seis cursos, além de três salas de aula, a sede do Diretório Central dos Estudantes e a única biblioteca que temos”. Diante da falta de segurança e estrutura, os estudantes anunciaram a realização de um ato público na próxima quarta-feira (8), a partir das 10 horas.
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Para o estudante Filipe Lourenço, que integra o Diretório Central dos Estudantes, “o ato servirá para cobrar agilidade na conclusão das obras do Campus IV e mais segurança, já que todos esses fatores refletem cotidianamente na qualidade da educação da gente”, alegou.
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Em funcionamento desde 2006, o campus do Litoral Norte vem sendo alvo de insatisfação e denúncias dos estudantes, que alegam falta de manutenção e morosidade na conclusão da obra, com prazo de entrega previsto inicialmente para 2009. Segundo a estudante Rebeca Queiroz, “o projeto de criação do campus previa que tanto os órgãos administrativos, quanto a biblioteca deveriam ser construídos entre 2007 e 2008, mas hoje não é isso o que vemos aqui”, relatou.



Além dos setores apontados pela estudante, o projeto de criação previa que outros prédios entrassem em funcionamento ainda em 2006, a exemplo do restaurante e da residência universitária. No entanto, embora investidos aproximadamente R$ 23 milhões nos últimos quatro anos, com exceção de algumas salas de aula e laboratórios, toda a estrutura do Campus IV ainda está incompleta e sem perspectiva de conclusão.
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http://www.portalcorreio.com.br/noticias/matLer.asp?newsId=149374