Uma cena triste ocorreu nessa quarta-feira, dia 12. Estudantes de um lado, trabalhadores do transporte coletivo do outro. À mando dos patrões, o sr. Antônio de Pádua, presidente do Sindicato dos Motoristas, capitaneou cerca de duzentos trabalhadores que receberam R$30,00 para intimidar a manifestação dos estudantes. Capangas não identificados provocavam e agrediam os manifestantes. Tudo isso com a conivência da PM, que foi avisada da presença de armas em porte dos agressores e, ao invés de revistá-los, partiu pra cima dos estudantes em um ato de pura covardia. Nós não vamos parar! Na terça-feira, dia 18, temos mais um ato marcado #contraoaumentoJP e esperamos a presença massiva dos estudantes em frente à Prefeitura.
Abaixo, reproduzimos matéria do jornal O Norte e um vídeo que mostra o momento das agressões.
Manifestação de estudantes e motoristas termina em pancadaria no centro de João Pessoa
Quarta, 12 de Janeiro de 2011 18h01 Por Cecília Lima, do Jornal O Norte
O clima ficou tenso na manifestação realizada por estudantes na tarde desta quarta-feira, dia 12, no centro de João Pessoa. A manifestação é contra o aumento das passagens de ônibus, mas brigas e discussões começaram a ocorrer porque motoristas das empresas de transporte público teriam sido convocados para também se manifestarem no mesmo local e com isso inibir o movimento dos estudantes.
Os estudantes protestam contra o aumento o valor da passagem de ônibus em frente ao Paço Municipal, no centro da cidade. Simultaneamente, mais de 200 motoristas e cobradores de mobilizavam contra estudantes que durante os protestos estariam agredindo-os. Alguns motoristas e estudantes se agrediram fisicamente, e o trânsito na área ficou lento.
O movimento estudantil tem promovido atos públicos contra o aumento da passagem desde a semana passada e Antônio Diniz, presidente do Sindicato dos Motoristas, afirma que o protesto foi iniciativa da categoria, em repúdio a atitude dos estudantes. “Não apoiamos a forma como os estudantes estão se manifestando, eles estão fechando ruas, atrasando os ônibus e agredindo motoristas e cobradores verbalmente. Por isso decidimos vir aqui, marcar nossa posição, defender nosso direito de trabalhar em paz”, explica o presidente, que julga como irresponsável a abordagem dos estudantes.
A classe estudantil nega que esteja usando de violência física ou verbal para se manifestar. O estudante de Biologia, Igor D’Angelis, afirma ter sido empurrado por um cobrador. “Se eles consideram nosso protesto violento, o correto é que prestem queixa na Polícia. Fui empurrado aqui e não revidei, porque não estamos aqui pra agredir ninguém, viemos para mostrar ao prefeito e à sociedade que não vamos nos calar”, afirma Igor.
A tarifa de ônibus, que antes custava R$ 1,90, sofreu um reajuste de 20 centavos. O novo preço começou a ser cobrado no dia 3de janeiro. Os estudantes consideram o valor abusivo e desde então têm se mobilizado contra o aumento. Uma reunião com o prefeito Luciano Agra está marcada para a próxima terça-feira, dia 18, para discutir a questão.
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